– Mamã, estou a sentir-me um pouco triste porque o primo T. está a brincar mais tempo com o primo F. do que comigo.⁣

– Mamã, estou a sentir-me um pouco triste porque o primo T. está a brincar mais tempo com o primo F. do que comigo.⁣

C. 6 anos⁣

Pode parecer simples, mas isto de reconhecer o sentimento que nos assola num determinado momento, ser capaz de o nomear, de perceber como ele nos faz sentir e de o expressar a alguém, é bem mais difícil do que possa parecer! (Quantos de nós não o consegue, aliás!)⁣

⁣Esta reação da minha filha a uma situação que a estava a deixar triste é fruto de muitas conversas sobre sentimentos, de livros bonitos, de lhes dar nomes, de dar espaço para que todos os tipos de sentimentos possam ocorrer e ter uns braços abertos para acolher e uns ouvidos atentos para escutar! Sempre! Sempre! Sempre!⁣

E depois? Depois a vontade era salvá-la desta situação que a estava a magoar e dizer-lhe algo como “Deixa lá. Eles nem fazem coisas giras. Queres brincar comigo?” ⁣
Mas isso seria desvalorizar o que ela me transmitiu… Por isso apenas lhe estendi os braços e disse:⁣
– Tu gostaste de brincar com o T. de manhã. Era importante para ti que ele brincasse mais contigo, não era?⁣
E abracei-a.⁣

Uns minutos mais tarde perguntou-me se podia ir dizer ao primo como se estava a sentir. Eu disse que sim. Ela pediu-me para a acompanhar. Assim o fiz. Chegamos junto do primo e ela disse o que sentia. ⁣
O T. levantou.se e abraçou-a.⁣
Ela sorriu e, mais tarde, disse-me que aquele abraço a tranquilizou. ⁣

E agora, digam-me, há lá melhor final do que este? ❤😊

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